Entretenimento
Ateliê coletivo de SJC abre as portas com exposição dia 9/11.

Espaço composto por sete artistas femininas, conta com Renata Freitas, que lança nova série da pesquisa “Escuta-me, tenho algo a dizer.”
Dia 9 de novembro, às 19h, acontece a inauguração oficial da Casa Ateliê 346, espaço de trabalho de sete artistas joseenses que dará início a seus eventos culturais e artísticos por meio da sua primeira exposição coletiva. O evento será aberto, com entrada gratuita, oportunidade em que o público poderá conhecer o acervo, pesquisa e materialidades das residentes Clau Epiphanio, Fabíolla Canedo, Fernanda Segolim, Selene Lenah e Tânia Beta, além de Renata Freitas, que destacou sua pesquisa e obra recentemente, durante a 11ª Inovation Week, promovida no Parque de Inovação e Tecnologia, o PIT.
A exposição “abre alas” do espaço tem curadoria de Francela Carrera e se chamará Memórias e Transfigurações, inspirada na publicação da coletânea de poemas de Alaíde Foppa (1914-1980), escritora, jornalista e poeta guatemalteca. “Os poemas abraçam, com soltura e simplicidade, temas sobre a nossa identidade através do tempo. E foi a partir desta publicação que pensamos de forma coletiva e sensível à curadoria deste evento, mostrando abertamente a proposta de cada artista”, resume Francela.
Nesta primeira edição, a maioria das obras estará disponível para venda direta, possibilitando a oportunidade de conhecer de perto o processo artístico contemporâneo das integrantes, como também suas poéticas e projetos futuros.
Fique de Olho | Destaque
Renata Freitas está lançando “Lugares de Poder”, inspirada em mesas e cadeiras sob ângulos inusitados. Desde 2023, a doutora e mestre em comunicação e semiótica, pesquisadora e artista visual, conduz a pesquisa “Escuta-me. Tenho algo a dizer.”, obra documental que reflete estudos imersivos em relatórios ESG, publicações midiáticas, apuração espontânea, por meio de um formulário continuamente ativo, e outras fontes acerca da disparidade nos cargos de liderança entre homens e mulheres. De lá pra cá, já desdobrou os resultados em três séries:
“Retratos”, em que a representatividade feminina nos conselhos de administração, conselho fiscal, diretoria e presidência – gestão 2023 – é evidenciada com a estética do design sobre telas que ousam questionar marcas como Petrobrás, Vale, Itaú, Ambev, Weg, Embraer, Bradesco, Banco do Brasil, BTG Pactual, Santander, Marfrig e outras.
Em “Reflexões em Infográficos“, fragmentos retirados do caderno da artista, com recortes de mídia, perpassam – inclusive – assentos no poder judicial. Já os cartazes, estilo lambe-lambe com frases populares que ressoam tais questionamentos, figuram como um suporte de comunicação de guerrilha.
“É alarmante que mais de 80% dos cargos de presidência, por exemplo, ainda sejam ocupados por homens. Essa pesquisa nasce de reflexões sobre a construção do significado de ser mulher na cultura contemporânea, questão incontornável quando falamos sobre o nosso futuro enquanto sociedade, e se desenvolve mostrando a importância da diversidade e inclusão na mesa de decisão”, pontua a Renata.
Serviço
Exposição Memórias e Transfigurações
Data e horário: 9/11, às 19h
Local: Casa Ateliê 346 | Rua Carlos Chagas, 346, Jardim Esplanada
O ateliê não conta com estacionamento próprio, entretanto está em uma rua fácil de estacionar, que não é zona azul.
Sobre Renata Freitas Natural de São José dos Campos–SP, doutora e mestre em comunicação e semiótica, pesquisadora e artista visual. Seu trabalho reverbera em obras, sob multiplataformas, que convidam ao diálogo sobre a complexidade do ser mulher e buscam questionar os espaços que tais nuances do feminino ocupam.
Instagram: @reotf
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