Saúde
A tristeza em idosos não é normal!
É comum ver idosos desatentos e desmotivados ou com a aparência triste e apática. Esse quadro, longe de parecer normal, pode revelar uma doença devastadora: a depressão! Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pessoas entre 60 e 64 anos de idade representam a faixa etária com maior proporção de diagnóstico de depressão.
As principais causas disso são a aposentadoria e a sensação de inutilidade, a falta de realização profissional, a dificuldade financeira por conta da redução do salário, o isolamento social, as alterações físicas e de saúde e até a perda de familiares e amigos por morte.
Além dos fatores socioambientais existem os biológicos, como a redução de neurotransmissores em decorrência do processo de envelhecimento, as doenças físicas (crônicas ou não), as doenças incapacitantes, a dor crônica, o uso de medicamentos que causam sintomas depressivos e problemas de sono.
Tudo envolve a falta de diagnóstico, pois a atenção a essa camada da população e menos direcionada devido a vida corrida que envolve filhos, carreiras, entre outros fatores que nos levam a focar menos nos idosos. Diferente do jovem ou adulto, o idoso não vai se queixar de tristeza ou da falta de prazer em fazer as coisas. Os idosos deprimidos e até ansiosos costumam reclamar de dor física e problemas de memória, além das já citadas dificuldades de comer e dormir.
É muito importante que os familiares ou pessoas próximas ofereçam ajuda ao perceber os sinais de depressão no idoso. É preciso estimular o paciente a procurar ajuda ou, em alguns casos, até mesmo levá-lo ao profissional de saúde.
Existe uma cultura em relação ao envelhecimento, pois muitas pessoas acham que é natural envelhecer e ficar ranzinza. Não é! Isso ocorre quando um idoso está doente, provavelmente deprimido. Vale lembrar que a pandemia e o isolamento social também contribuíram muito para o agravamento deste quadro.
O Tratamento da depressão se baseia em três pilares importantes: acompanhamento com o médico, que vai dar a orientação e prescrever os medicamentos. O segundo são mudanças no estilo de vida do paciente, que é motivado a fazer atividade física, ter mais interação social e uma alimentação saudável. Por último existem as terapias, psicoterapia individual ou em grupo, arteterapia, dança terapia e musicoterapia, que são excelentes alternativas.
A participação dos familiares próximos é de grande importância para o diagnóstico e apoio dos idosos neste período. Com a devida atenção podemos prevenir diversas doenças decorrentes da depressão e até mesmo o suicídio, em casos mais graves.
Assim, podemos garantir uma velhice com maior qualidade de vida àqueles que se dedicaram uma vida toda a nós e que merecem desfrutar de um convívio de qualidade. Com o aumento da expectativa de vida nos últimos anos, tudo isso deve ser considerado como um importante fator para a longevidade.