Tecnologia
Inteligência Artificial, tecnologia e humanidade: uma combinação poderosa!

A cada dia, as relações entre inteligência artificial (IA), tecnologia digital e seres humanos tornam-se ainda mais complexas. No início deste século, mais precisamente em 2001, o cineasta Steven Spielberg tratou dessa conexão em uma de suas obras-primas: “A.I. – Artificial Intelligence”, filme que mostra um futuro em que a tecnologia e a inteligência artificial moldam a sociedade.
O mundo apresentado nas telonas é pós-apocalíptico devido ao efeito estufa que derreteu as calotas polares, inundando cidades costeiras e transformando o cenário global. Trata-se de uma ficção que, hoje, aproxima-se da realidade, como provam catástrofes climáticas geradas em grande parte pelo aquecimento global, como a que devastou o Rio Grande do Sul.
Mas os impactos das mudanças no clima do presente ou do futuro não são o mote do filme estadunidense que está prestes a completar bodas de prata. O foco é o robô David, produzido à imagem e semelhança de um garoto com 8 ou 10 anos de idade. Para dar ainda mais realismo à máquina, seus criadores adicionaram a ela uma inteligência artificial.
Graças a essa pseudo-cognição, o robô busca por uma Fada Azul imaginária para se tornar um “menino de verdade” e ser amado por sua mãe humana. O final dessa jornada ocorre em um parque de diversões, onde David encontra uma cabine que dá acesso a um avatar digital chamado “Mago”, que seria capaz de responder qualquer pergunta, por mais difícil que fosse, em troca de dinheiro. Porém, a máquina trava por não responder à singela

pergunta feita pelo protagonista do filme: “Você pode me fazer ser um menino de verdade?”.
Não há, na obra cinematográfica, argumentação que atenda ao questionamento. Não haveria hoje, se tal indagação fosse feita e, certamente, nunca haverá uma resolução, mesmo que mínima e plausível. O que é possível constatar no mundo real moldado pelo avanço tecnológico digital é que a máquina poderá (se já não pode) fazer praticamente tudo que um ser humano faz. Para isso, basta programá-la com os bites e bites certos e, pronto! Entretanto, a questão é outra.
O sentimento não pode ser replicado por máquinas, por mais avançadas que sejam, mesmo que muita gente acredite no contrário. Já, a humanidade, nasce da expectativa, do amor, da alegria e da dor, entre outras inúmeras sensações impossíveis de serem vivenciadas por qualquer aparato tecnológico equipado com circuitos integrados.

A tecnologia foi criada para servir e não para ser servida e, apesar de haver o mundo virtual, nada substitui o mundo de verdade no qual as pessoas vivem. Isso não significa, contudo, que a IA e as demais tecnologias não sejam usadas. Na verdade, não há como viver na sociedade atual sem essas tecnologias, como os celulares e computadores, que se tornaram uma extensão humana, como algo parecido a um apêndice sintético.
O importante é saber como usar corretamente tudo aquilo que foi criado para o desenvolvimento da sociedade, inclusive a IA e as demais tecnologias digitais. Quem não faz isso fica para trás, deslocado da realidade. Para se relacionar corretamente com essa realidade é fundamental buscar orientação de quem sabe, ou seja, contar com outro ser humano especialista em lidar com o que é tecnológico. Afinal, só uma pessoa d é capaz de sentir e saber o que o outro, de fato, necessita. Isso, a máquina, nunca conseguirá.